Poeta Anônimo
“Vencida pela doce violência/ ela lança um grito de beatitude/ que parece o gorjeio de um pintassilgo./ A doce saliva se recolhe em sua boca/ e a língua se projeta em voluptuoso prazer./ Em todas as veias e artérias de seu flexível corpo de salgueiro/ pulsa urgente e transbordante a irresistível maré do prazer./ Mas eis que a respiração arfante dos lábios vermelhos se faz mais lânguida/ e sombra do crepúsculo desce sobre seus olhos/ a pele cintila em cem brotações flagrantes/ seus lisos seios sobrem e descem como agitadas ondas./Agora – consumida toda doçura do amor proibido -/ dois amantes completaram a união”.