A Palavra Poética
“Se a palavra é o habitat do ser, a palavra poética é a sua morada eleita” – Massaud Moisés.
Pedra
Legível e visível
Representação
Pedra
Ilegível e invisível
Imaginação
(Obstáculo) Continue lendo
“Se a palavra é o habitat do ser, a palavra poética é a sua morada eleita” – Massaud Moisés.
Pedra
Legível e visível
Representação
Pedra
Ilegível e invisível
Imaginação
(Obstáculo) Continue lendo
“Tomai, todos, comei e bebei: isto é o meu Corpo;
este é o cálice do meu Sangue” – Eucaristia
Pedra-pedra
Pedra-lume
Pedra-pão Continue lendo
“E que sou, perdoai-me, um poeta que só funciona dentro do poema” – Manuel Bandeira
A composição ganha forma
na fôrma do desejo
nestas linhas
nestes versos
nestas ondas
em que escrevo
(não me pergunte por quê!) Continue lendo
No mármore de tua bunda gravei o meu epitáfio – Drummond.
Teu nome que escrevo
Teu nome na folha
Teu nome palavra
Teu nome quarteto
Teu nome anáfora
Teu nome diálise
Teu nome no metro
Teu nome sem rima Continue lendo
“Não esqueça que os instantes que você
vive aqui e agora e as pessoas com quem
você convive aqui e agora são as mais importantes da sua vida, pois são as
únicas reais” – preceito budista.
A pele que habito:
os meus skins
As minhas máscaras
Os meus insights
O meu desespero
A minha solidão
O meu amor
O meu temor
A minha saudade
Tudo enfim
Difícil é ser um:
corpo e mente presentes
no instante em que me encontro
no mundo no tempo do mundo
Amar o que é real
(o mundo como ele é)
e não ser escravo das ilusões
“Eu sou aquilo que perdi”.
“Toda a poesia reflete o que a alma não tem” – Fernando Pessoa
Ontem é hoje.
Muita coisa acabou
mas quase nada morreu.
O passado está presente.
Tudo é real e irreal:
dentro de si, pleno de si
dentro de mim
na memória de hoje.
O futuro já aconteceu.
Não está além nem aquém
Esteve aqui há pouco
Está agora em mim.
Tudo está presente.
Tudo é aqui, tudo é hoje.
Só o instante – o tempo
do mundo – é que é.
Um lance de dados jamais abolirá o acaso – Mallarmé
Minh’alma chove frio, tristinho. Não te comove este versinho? – Drummond
nesse nosso mundo finito limitado
imperfeito desarmônico melancólico
e cruel a escolha é quase sempre
perda dor privação “escolher é perder”
contudo de fato no mundo dos átomos
dos bits-e-bytes universo perfeito
da física quântico da sorte no caos
das leis e propriedades da imprevisibilidade
universo das incertezas probabilidades Continue lendo
Luzes coloridas de led
cintilam nas bolinhas
e pingentes.
Ainda na árvore,
dourada e prateada,
presentes com cartões.
O canto do galo
aproxima-se. Continue lendo
No afã de atrair como um ímã o clã do galã Cauã a anã anciã artesã anfitriã seguidora de um imã do Islã espiã afegã talibã da aldeia Sacopã antes Ivaporã moradora de Teerã passou batom de hortelã perfume de romã com muito tchã louçã sob a burca malsã ajeitou o sutiã mordeu uma maçã e saiu de manhã de catamarã em pleno Ramadã no Irã Ahn! Hã! sacudindo os balangandãs.