Espelho D’água
acristino
O apito do trem por detrás da serra
Anunciava a noite bem-vinda à Terra
Eram ondas que fazem serestas no ar
Era a brisa levando segredos ao mar
Cada estrela no céu eram pingos do sêmen
Que provocavam em seu corpo
Desejos ardentes
Era a gente rolando sem medo de amar
Era a noite a cantarolar lá lá laiá
lá lá laiá lá lá laiá lá laiá lá laiá
Eram ondas que levam castelos na areia
Era a brisa levando palavras tão feias
Cada estrela no céu eram espinhos da flor
Que provocam em seu ventre
Espasmos de dor
Era a gente se amando com medo de errar
E na noite um profundo silêncio a reinar