Estrambote acróstico
A falta aguda de’ar no peito asmático
Nenhum descanso dado a dona Emília
Tampouco ao seu João, irmãos e tias
Odete, Arlete, Hilda, José, João.
Não pode haver no mundo amor maior.
Inda tenho este abrigo, inda me resta
O nome português do avô materno
Como’um fio’em que’está minha’alma presa.
Roubei-vos o sossego (é bem verdade!)
Inda trago no peito iníqua culpa
Sou o que sou, porque somos todos nós.
Tão perto, não importa o quão distante
Isto faz da minh’alma puro canto
Não cede, não repousa e nem conforta
O pranto, a queixa, o medo a solidão (e a morte!).